Com festas de carnaval em pleno andamento em toda a cidade de Montevidéu, no Uruguai  a comunidade Africana tem a oportunidade de sair das sombras e na ribalta do país. Por meio de uma série de comemorações extravagantes, as multidões de cantores, bateristas, dançarinos e foliões são prestam homenagem a uma cultura expressiva trazida para estas terras por milhares de escravos africanos no século XVIII. [caption id="attachment_6050" align="aligncenter" width="640"]Las Llamadas | Carnaval 2011 | As Llamadas agitam as ruas de Montevidéu durante o Carnaval. / Fonte[/caption] Seguindo as tradições, as festividades começam no dia 21 de janeiro com o Desfile Inaugural de Carnaval descendo a Avenida 18 de Julio, mas este foi simplesmente um precursor para o evento principal, que já começou. Todos os anos, na primeira quinta-feira e sexta-feira de fevereiro, músicos exalam ritmos africanos e artistas fantasiados giram pelas ruas dos bairros mais pobres de Montevidéu, lançando uma festa de rua conhecida como El Desfile de Llamadas (Desfile de Chamadas). O termo Llamadas (chamadas) - refere-se a um momento em que os ex-escravos usavam tambores para convidar seus vizinhos para uma reunião, onde praticavam rituais religiosos juntos e discutiam as condições coletivas em que eles estavam vivendo. Em tempos de celebração, as mesmas sociedades africanas marginalizadas comandavam as ruas fora de suas casas e festa ao som do candombe, atraindo o interesse de pessoas de todas as etnias. Este foi o nascimento do Carnaval no Uruguai. Nos anos seguintes, a emancipação da escravidão, a população imigrante européia branca ajudou a manter esses costumes vivos. Ao longo do tempo, as llamadas e o candombe se tornaram uma parte importante da identidade cultural do Uruguai - o país passou de suprimir suas raízes africanas para abraçá-las abertamente. [caption id="attachment_6051" align="aligncenter" width="640"]Las Llamadas | Carnaval 2011 | Os integrantes das comparsas vestem fantasias com luas e estrelas coloridas. / Fonte[/caption] Hoje, os afro-uruguaios e os de classe trabalhadora branca desfilam juntos em grupos conhecidos como comparsas e usam da percussão e da dança com vestuários exuberantes para  competir e ganhar os corações da multidão. Cada comparsa é liderada por placas decorativas que mostram logotipos de marcas e slogans, enquanto os jovens artistas mascarados carregam uma série de bandeiras enfeitadas com luas, estrelas e luzes. Estes símbolos contém referências ao Islã, a fé protegida pelos escravos africanos. Isso ainda é considerado um evento basicamente nacional - ainda não reconhecido no cenário internacional. O Carnaval do Uruguai continua a ser um movimento forte para a diversidade, e sua crescente popularidade revela que a população local quer preservar a influência Africana na região. Em 2016, visivelmente as culturas africanas e uruguaia s estão intrinsecamente ligadas.

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Por Simon Hall / Adaptado por Luiza Cavalcante