Nos últimos anos, um dos destinos mais valorizados pelos turistas nacionais e internacionais que passam o verão no Chile fica na Região dos Rios. Estamos falando do Caminho dos Sete Lagos, um circuito de povoados localizados na beira de diferentes lagos que se destacam pela sua beleza natural, a frondosidade das suas paisagens, seu povo amável e suas tradições. Fica a 750 quilômetros ao sul de Santiago, uma das qualidades deste caminho é a proximidade entre os povoados, e por isso o turista pode escolher se estabelecer num deles e a partir do local escolhido visitar os outros de ônibus ou inclusive alugar um carro.   Caminho dos Sete Lagos no Chile: o que fazer e onde ir
Caminho dos Sete Lagos é um circuito de cidades que se destacam por sua beleza natural / Foto: Canva Pro
 

Como chegar ao Caminho dos Sete Lagos

Você pode tomar um ônibus direto até Villarrica no Terminal Sul ou viajar de carro pela estrada 5 até Freire e lá dobrar a esquerda na estrada 199. Também pode pegar um voo direto até Temuco e lá pegar um ônibus local até qualquer um dos povoados desta região. Transfer em temuco Se você quiser atravessar a fronteira da Argentina com o Chile de carro pode entrar por San Martín de los Andes pela estrada 48 até a passagem fronteiriça Hua Hum, então você chegará ao povoado de Pirihueico, lugar onde deve entrar com o carro em um ferry boat que te levará até Puerto Fuy, na margem norte do lago Pirihueico.  

Villarrica

Se nós tivéssemos que recomendar um lugar para ser a sua base dentro do Caminho dos Sete Lagos, esta seria Villarrica. Trata-se de uma cidade linda e muito bem cuidada. Além disso, é a cidade, talvez com exceção de Pucón, que conta com uma oferta de serviços e produtos mais variada e sofisticada, e isso a transforma em um destino de categoria internacional. Para citar somente alguns exemplos, podemos mencionar as deliciosas sorveterias, casas de chá e lojas de produtos regionais e orgânicos, assim como os pacotes de turismo de aventura que incluem expedições noturnas ao vulcão Villarrica, trekking, cavalgadas que terminam em cachoeiras escondidas no meio da natureza, tirolesa, circuitos de mountain bike, entre outros. Dica de viagem: Em muitas das ruas que terminam no lago, incluindo a avenida à beira do lago, existem cabanas e hotéis muito acolhedores e com ótimos preços, alguns deles incluem café da manhã.   Caminho dos Sete Lagos no Chile: o que fazer e onde ir
Em Villarrica você pode fazer expedições ao vulcão e viver uma grande aventura durante suas férias / Foto: Canva Pro
 

Pucón

Pucón é outro destino preferido no Roteiro dos Sete Lagos, principalmente para os jovens. Esta cidade está localizada no extremo oposto de Villarrica, às margens do lago com o mesmo nome e literalmente aos pés do vulcão, por isso se o turista decidir ir durante o inverno, ficará surpreso com o espetáculo visual que significa observar este maciço coberto de neve. Visitar Pucón durante o inverno é sinônimo de snowboard e esqui, já que a vinte minutos da cidade fica o Centro de Ski Pucón. Agora, se você prefere ir durante o verão, também fica muito perto do Parque Nacional Huerquehue, que se trata de uma importante reserva de flora e fauna nativa, e este local fica a minutos do Rio Trancura, lugar ideal para descer corredeiras de caiaque. Tudo isso sem mencionar as alternativas de entretenimento que existem na cidade mesmo, como os bares de cerveja artesanal, e as discotecas para dançar até amanhecer. Dicas de viagem: Hospedar-se e comer em Pucón é mais caro que em outros povoados da região, por isso também é considerado um destino mais exclusivo. Uma cabana pode chegar a custar 100 USD por noite. Se estiver viajando a dois, nossa sugestão é que reserve um hotel, já que existem promoções de três noites por 280 USD com café da manhã incluído.  

Coñaripe

Coñaripe é um povoado um tanto rústico, não totalmente preparado para satisfazer as necessidades de turistas exigentes. Não obstante, conta com uma atração que o transforma num destino obrigatório para qualquer turista que faça o caminho que discutimos nessa matéria. Estamos nos referindo a sua espetacular praia às margens do Lago Calafquen. Tomar banho nessas águas é uma experiência difícil de descrever, já que a poucos quilômetros das margens ficam enormes montanhas verdes que “abraçam” o lago, produzindo no banhista um efeito visual como se estivesse cercado e uma sensação de estar suspenso nas alturas. Uma experiência realmente comovedora. Se depois de se despedir do lago, seu plano é continuar no caminho até chegar a Pucón, então recomendamos que faça uma parada no meio e visite as famosas Termas Geométricas, um complexo de piscinas que ficam nas rochas de um despenhadeiro a vinte minutos de Coñaripe a noroeste e estão rodeadas por uma floresta. Aproveite seus mais de setenta afluentes de águas termais que brotam naturalmente a 80 graus Celsius. Se você quer relaxar e se desligar de tudo, este é o lugar indicado.   Caminho dos Sete Lagos no Chile: o que fazer e onde ir
Coñaripe é uma cidade rústica e os arredores da cidade preservam um encanto incomparável / Fonte
 

Lican Ray

Lican Ray é um pequeno povoado de duas mil quinhentas pessoas, localizado nas margens norte do Lago Calafquen e que sobrevive especialmente graças a atividade turística. Destaca-se principalmente pela sua ampla praia e por suas águas quentinhas no verão. Aqui também são realizadas feiras típicas onde o turista pode adquirir produtos regionais de todo tipo, principalmente geleias, tecidos, licores tradicionais, artesanatos de madeira e pomadas naturais à base de ervas nativas, entre outros. Em Lican Ray também existe um parque nacional dos índios mapuche administrado pela própria comunidade indígena e que está aberto ao público. Neste lugar o turista interessado poderá aprender muitas coisas relacionadas com a cultura deste povo originário, degustar comida típica e realizar visitas guiadas.  

Caburgua

O Lago Caburgua é um dos principais destinos para os veranistas da região, que chegam atraídos pelas espetaculares paisagens que os rodeiam e por suas águas quentinhas e transparentes, ideais para o banho e para praticar esportes náuticos. Dica de viagem: Não existem muitas opções para comer nas proximidades do lago. Se você veio de Pucón ou Villarrica, talvez prefira trazer sua própria comida com o indispensável antes de sair. Se você vier de carro é conveniente chegar cedo, já que os estacionamentos particulares ficam cheios rapidamente.   Caminho dos Sete Lagos no Chile: o que fazer e onde ir
O lago Caburgua atrai turistas por suas belas águas transparentes / Foto: Canva Pro
 

Panguipulli

Panguipulli, assim como Villarrica, é um bom lugar para ser sua base, já que perto desta cidade você poderá visitar vários outros lugares próximos e, por ser uma cidade, conta com serviços de todo tipo. Ela fica, obviamente, as margens do Lago Panguipulli. Se tivéssemos que recomendar algo para fazer aqui, sem dúvida diríamos que visite o casarão cultural de Panguipulli, um velho casarão reformado de estilo suíço que antigamente foi um internato de monges capuchinhos e que hoje é patrimônio arquitetônico desta região próxima à cordilheira. Trata-se de um lugar ideal para tomar café ou chá, degustar os deliciosos bolos do sul do Chile, assistir a exposições, peças de teatro ou simplesmente sentar e ler.  

Neltume

Neltume é um povoado pequeno de casas simples e muito poucos comércios. Por que nós o recomendamos aqui? Pela incomparável beleza do Rio Fuy que corre ao lado do povoado pelo lado sul e que vale a pena conhecer, já que se trata das águas mais cristalinas que podemos encontrar na região. Além disso, nesta parte as águas são agradáveis e próprias para o banho, ainda que muito frias por sua proximidade com as montanhas. Mais adiante, em direção a Huilo Huilo, estas mesmas águas protagonizam espetaculares cachoeiras que vale a pena observar a distância e com cuidado. Mais ao norte, na mesma região, o turista aventureiro encontrará o Rio Neltume, um curto curso de água de somente um quilômetro de extensão ideal para descer suas corredeiras de caiaque e pescar com vara.  

Huilo Huilo

Huilo Huilo é uma reserva biológica de fama internacional e referência em turismo sustentável no Chile. Conta com uma extensa rede de trilhas perfeitamente sinalizadas e interligadas que permitem que o turista se entregue a natureza e visite diversos pontos turísticos geográficos e arquitetônicos. Dentro dos pontos turísticos geográficos se destacam as cachoeiras, que têm uma beleza e potência impactantes. Também existem muitos elementos próprios da floresta sempre verde e do ecossistema da região de Valdivia que podem ser apreciados intensamente se você conta com um guia, como por exemplo, tudo relacionado com a flora nativa, a observação de aves, a prática de esportes radicais e excursões até o cume do Vulcão Mocho Coshuenco.   Caminho dos Sete Lagos no Chile: o que fazer e onde ir
As mais charmosas de Huilo Huilo são as impressionantes cachoeiras e sua bela "selva valdiviana" / Foto: Canva Pro
  Quanto aos pontos turísticos arquitetônicos, Huilo Huilo se destaca pelo bom gosto e pela inteligência invertida na arquitetura dos alojamentos, que abarcam uma variedade de opções para todos os gostos e bolsos, de áreas de camping onde o visitante pode armar sua barraca até cabanas divididas por mochileiros, cabanas particulares e albergues. Estes últimos merecem um comentário aparte, já que suas estruturas são verdadeiras obras de arte que se misturam com a paisagem natural, como você pode observar no famoso albergue Montanha Mágica. Como se tudo isso fosse pouco, no coração da reserva, do lado da rodovia, fica a cervejaria artesanal Petermann, onde são produzidas uma das melhores cervejas da região graças a inigualável pureza das águas glaciais que são usadas na fabricação. Dica de viagem: Esta reserva é muito grande, por isso você vai precisar de pelo menos três dias para percorrer todas as suas trilhas e fazer umas duas excursões. O Caminho dos Sete Lagos é um dos destinos que não pode faltar no seu itinerário de viagem pela América do Sul. Entre em contato com nossa equipe de especialistas e reserve todas as suas excursões no Chile com a Daytours4u.   Por: Brian Gray, antropólogo e muralista chileno especialista na cultura visual urbana