Dicas de Viagem
Por que a América do Sul é o melhor lugar para degustar vinhos
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Estamos na época da vindima e nosso continente está de festa! Esta temporada tão esperada pelo turismo vitivinícola na América do Sul é uma desculpa perfeita para saber como se posicionam os vinhos da nossa região perante o mundo e analisar quais são os desafios do enoturismo do continente. Por isso, conversamos com quatro especialistas em vinhos, que nos contaram como foi o crescimento da indústria vitivinícola no cone sul e porque os turistas do mundo devem viver esta experiência ao estilo sul-americano. [caption id="attachment_3886" align="aligncenter" width="675"]
Saiba o que diferencia os vinhos sul-americanos do resto do mundo / Foto: Turistik[/caption]
Mas antes de ler as opiniões dos nossos entrevistados e que você comece a saborear seu próximo destino de viagem, queremos contar algumas curiosidades: 1. O principal pólo vitivinícola da América do Sul nos séculos XVI e XVII não era nem a Argentina, nem o Chile, nem o Uruguai, mas sim o Peru, que foi substituído nos séculos seguintes devido aos terremotos, às guerras e ao aparecimento do algodão como matéria prima com maior interesse comercial. A partir do século XVIII e até os dias atuais, o cone sul assumiu a liderança e até o Brasil, a partir de 1830, se classificou como a terceira potência vitivinícola da região depois do Chile e da Argentina. 2. O enoturismo ou turismo enológico não significa viajar para embebedar-se, consiste em visitar uma região vitivinícola, conhecer o processo de elaboração dos vinhos, percorrer vinhedos e bodegas, aprender sobre a história de cada cepa em especial, participar das degustações e complementar tudo isso com a gastronomia. Como você verá, é uma experiência completa e fascinante, que você deve incluir no seu roteiro de viagem. Nas seguintes linhas lhe mostraremos as opiniões dos especialistas: Amanda Barnes, jornalista e editora britânica especializada em vinhos sul-americanos e turismo; Claudia Yanzón, proprietária e diretora do Ônibus Vitivinícola pelos Caminhos do Vinho, de Mendoza, Argentina; Carol Abousleiman, jornalista, sommelier e docente que trabalha atualmente no projeto Wine and Chats de Buenos Aires; e Francisco Pizzorno, da quarta geração da família que criou a Bodega Pizzorno em Montevidéu Uruguai, export manager e diretor da área de turismo da vinha mencionada, que nos contará tudo sobre a experiência uruguaia. Descubra os vinhos sul-americanos e fique um expert no assunto! [caption id="attachment_3887" align="aligncenter" width="675"]
El enoturismo es una experiencia que sin duda debes incluir en tu visita a Suramérica / Foto: Bodega Pizzorno[/caption]
Há tantos vinhos quanto climas na América do Sul; nesta foto mostra vinhos de El Cafayate e no fundo a paisagem de Salta, Argentina / Foto: Daytours4u[/caption]
O turismo de vinhos e a gastronomia são grandes aliados para oferecer aos turistas experiências para todos os sentidos / Foto: Bodega Campotinto[/caption]
Descubra a América do Sul através dos seus vinhos e tenha uma fantástica experiência de viagem / Foto: Bus Vitivinícola de Mendoza[/caption]
Mas antes de ler as opiniões dos nossos entrevistados e que você comece a saborear seu próximo destino de viagem, queremos contar algumas curiosidades: 1. O principal pólo vitivinícola da América do Sul nos séculos XVI e XVII não era nem a Argentina, nem o Chile, nem o Uruguai, mas sim o Peru, que foi substituído nos séculos seguintes devido aos terremotos, às guerras e ao aparecimento do algodão como matéria prima com maior interesse comercial. A partir do século XVIII e até os dias atuais, o cone sul assumiu a liderança e até o Brasil, a partir de 1830, se classificou como a terceira potência vitivinícola da região depois do Chile e da Argentina. 2. O enoturismo ou turismo enológico não significa viajar para embebedar-se, consiste em visitar uma região vitivinícola, conhecer o processo de elaboração dos vinhos, percorrer vinhedos e bodegas, aprender sobre a história de cada cepa em especial, participar das degustações e complementar tudo isso com a gastronomia. Como você verá, é uma experiência completa e fascinante, que você deve incluir no seu roteiro de viagem. Nas seguintes linhas lhe mostraremos as opiniões dos especialistas: Amanda Barnes, jornalista e editora britânica especializada em vinhos sul-americanos e turismo; Claudia Yanzón, proprietária e diretora do Ônibus Vitivinícola pelos Caminhos do Vinho, de Mendoza, Argentina; Carol Abousleiman, jornalista, sommelier e docente que trabalha atualmente no projeto Wine and Chats de Buenos Aires; e Francisco Pizzorno, da quarta geração da família que criou a Bodega Pizzorno em Montevidéu Uruguai, export manager e diretor da área de turismo da vinha mencionada, que nos contará tudo sobre a experiência uruguaia. Descubra os vinhos sul-americanos e fique um expert no assunto! [caption id="attachment_3887" align="aligncenter" width="675"]
1. Em que se diferenciam os vinhos sul-americanos dos do resto do mundo?
- Amanda Barnes: a América do Sul oferece um mundo de vinhos, desde o fresco e costeiro Sauvignon Blanc de Leyda no Chile, ao perfumado Torrontés de alta altitude de Salta até o delicioso Malbec de Mendoza e o apimentado e suculento Tannat do Uruguai. Tem tantos estilos diferentes de vinho e climas para explorar que é quase impossível generalizar sobre o vinho sul-americano. - Claudia Yanzón: os vinhos da América do Sul, incluídos dentro da categoria de vinhos do novo mundo, são frutais e frescos onde a característica de cada varietal lhe permite perceber melhor as diferenças de cada cepa. A diferença principal dos vinhos do velho mundo é que eles possuem um maior envelhecimento nos barris que os nossos daqui na América do Sul. - Carol Abousleiman: eu não juntaria todos na categoria de “vinhos sul-americanos” porque dentro de um mesmo país já temos diferentes estilos e propostas. Por exemplo, na Argentina, o clima desértico da cordilheira, as alturas extremas de Salta, o frio da Patagônia, ou a influência oceânica na província de Buenos Aires, próximo à cidade de Mar del Plata, geram perfis de vinhos muito diferentes, determinando seus aromas, sabores, álcoois, sua boa acidez e seus taninos. O que destacaria do nosso Cone Sul é a qualidade alcançada nestas últimas décadas, e a busca de uma identidade própria, aquela que somente o lugar pode dar. Neste sentido, estamos percorrendo o caminho que a Europa vem traçando há centenas de anos. - Francisco Pizzorno: da minha experiência concreta com a vitivinicultura uruguaia destaco seu aspecto familiar e essa é a forma como nos posicionamos perante o mundo. O tannat é a cepa que o Uruguai adotou como “uva nacional” e temos a maior quantidade de tannat plantada no mundo. Outra característica para destacar da atividade vinícola no Uruguai é o fato de que um país com somente três milhões de habitantes, possua 190 bodegas, distribuídas em Colonia, Montevidéu, Canelones e Maldonado, principalmente. [caption id="attachment_3888" align="aligncenter" width="675"]2. Como está atualmente o turismo vitivinícola na América do Sul?
- Amanda Barnes: O turismo do vinho está crescendo definitivamente na América do Sul, e acredito que a razão disto, além das grandes etiquetas da região, é a fantástica experiência de viagem que proporciona este tipo de atividade turística. Visitar um vinhedo e uma bodega neste continente significa visitar uma família, ver um estilo de vida diferente, e provavelmente, terminar com um passeio a cavalo e desfrutar do vinho em um churrasco com seus novos amigos. A experiência do turismo do vinho na América do Sul vai muito além da garrafa. - Claudia Yanzón: sem dúvidas, em crescimento. O turismo do vinho, ao ser o fio condutor de experiências ligadas à gastronomia, oferece maiores oportunidades de desenvolvimento nas diferentes regiões vitivinícolas. Nos restaurantes de Mendoza, por exemplo, tem menús ao passo com a possibilidade de degustar um vinho enquanto almoça; e também as mesmas bodegas possuem seus restaurantes pequenos que lhe permitem experimentar taças de diferentes vinhos acompanhados por uma tábua de frios. Outra informação que nos faz contemplar que o enoturismo está em crescimento é o fato de que as bodegas (somente em Mendoza tem 175 abertas todo o ano ao turismo) criaram espaços de hospitalidade, com um anfitrião - que é mais que um guia turístico - que lhe conta tudo sobre os vinhos e suas recomendações para maridagem. - Carol Abousleiman: acho que é um setor com muitíssimo potencial, cujo diferencial se encontra nas paisagens fantásticas e lugares naturais que possuímos e no bom trabalho das bodegas ao respeito, algumas com apostas grandes e de altíssimo nível. Sem dúvidas, o setor está em crescimento e ainda faltam muitas coisas para fazer. Hoje o consumidor sente curiosidade em conhecer onde se elaboram os vinhos, quer percorrer os lugares, visitar vinhedos e bodegas, conversar com seus produtores, enólogos/as, engenheiros/as agrônomos/as, e deste jeito viver experiências inesquecíveis que somente o vinho pode oferecer. - Francisco Pizzorno: o turismo nas bodegas do Uruguai chegou para resgatar a indústria e se converteu em uma unidade de negócio sustentável e motivadora. Atualmente tem mais bodegas abertas ao enoturismo e sua relação com a gastronomia permitiram a criação de propostas mais atraentes. Um dado interessante sobre a atividade vitivinícola no Uruguai é que 90% dos turistas de bodega são brasileiros e este fato é sumamente importante para nosso país, pois nos impulsa a trabalhar em conjunto com este país vizinho e com a Argentina também. [caption id="attachment_3889" align="aligncenter" width="675"]3. Quais são os grandes desafios do enoturismo na América do Sul?
- Amanda Barnes: as distâncias geográficas são um desafio na América do Sul, pelos países serem grandes e diversos. Isso implica que você demora muito mais do que pensa em chegar até as rotas do vinho, e por isso, tem que dispor de mais tempo se quer aproveitar ao máximo sua experiência. - Claudia Yanzón: continuar crescendo em qualidade, aumentar os volumes de produção, falar idiomas (espanhol, português e inglês principalmente) e continuar crescendo na ampliação dos horários de atenção de acordo às necessidades da demanda. - Carol Abousleiman: diria que consolidar uma política pública de longo prazo ao respeito. E, no caso da Argentina, uma aproximação entre as bodegas para trabalhar em conjunto buscando um objetivo comum. Algo que às vezes é difícil, acho que é uma questão cultural que nos leva ao individualismo. Mas, sou otimista e acredito que vamos ir encontrando um jeito de fazer isso e crescer. Na medida que o setor privado e público entendam e trabalhem juntos, o enoturismo pode se converter em um vetor muito sólido para incentivar o turismo do continente. - Francisco Pizzorno: o grande desafio é desenvolver um enoturismo cada vez mais profissional, liderado por pessoas qualificadas para dirigir as visitas, com investimentos em infra-estrutura que permitam consolidar as rotas, como o principal que é a história, as bodegas e a cultura, já existem. O enoturismo é e deve continuar sendo este vínculo entre o tecnicismo próprio do mundo do vinho e o consumidor, para brindar-lhes ferramentas que permitam tomar boas decisões na hora de selecionar suas etiquetas. [caption id="attachment_3890" align="aligncenter" width="675"]...
O vinho é, sem dúvidas, parte da essência sul-americana e um aspecto da nossa cultura que todo turista desfrutará experimentar. Como dizia o escritor e jornalista estadunidense Ernest Hemingway: “o vinho é a coisa mais civilizada do mundo”, e na América do Sul coincidimos com ele, e convidamos a cada turista para degustar as deliciosas e únicas cepas do nosso continente. Descubra a América do Sul através do vinho!Por: Keilma Rojas, editora de conteúdos web de Daytours4u
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