Buenos Aires
5 motivos para conhecer o Zanjón de Granados de Buenos Aires
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Se você está procurando atividades pouco divulgadas em Buenos Aires, O Zanjón de Granados é sem dúvidas um dos lugares mais fascinantes para se conhecer na cidade da fúria, desses lugares que nos surpreendem com uma experiência inigualável. Ao passear pelo bairro de San Telmo nos deparamos na rua Defensa, 755, com um museu que parece pequeno, mas que se estende por quase meia quadra, e o mais interessante...essa meia quadra é percorrida de forma subterrânea, por túneis do século 19.
A história de Zanjón de Granados vai surpreendê-lo / Foto: Solange Maria de Souza
Eu disse que esse lugar iria surpreender, né? E estamos só no começo desta matéria que irá lhe levar junto com Daytours4u para viajar pelo tempo e história da nossa Buenos Aires querida. Fique com a gente para saber os 5 motivos para conhecer o Zanjón de Granados de Buenos Aires.1- Seus Túneis
Em 1985, o engenheiro químico Jorge Eckstein comprou esta casa de estilo italiano que data de 1830, pelo preço de 2 carros populares. Sua ideia era transformar a casa num empreendimento gastronômico. A casa estava em tão mal estado que Don Jorge, como é chamado carinhosamente, teve de entrar pelo segundo andar, subindo por uma escada. A quantidade de lixo, ratos, escombros e ruínas com as quais ele se deparou não desanimaram este visionário, ele via além disso, enxergava de uma forma que muitos achavam utópica, o potencial do casarão. Só que algo inesperado e fascinante aconteceu: o arquiteto que estava reformando a casa ligou para o Don Jorge com uma notícia um tanto curiosa: “Don Jorge, temos um problema... encontramos um túnel”. Para uma alma tão sensível como a dele, isso não foi considerado um problema e sim algo maravilhoso! Então ele contratou uma equipe de arqueólogos da reconhecida Universidade de Buenos Aires (UBA), liderada pelo famoso Daniel Schavelzon, para escavar o lugar e desvendar o passado destes túneis fascinantes. Eles descobriram que os túneis na verdade faziam parte do entubamento de um riacho chamado “Zanjón de Granados”, realizado no século 19. Mas para entender a trajetória deste riacho precisamos rebobinar a história para mais de 500 anos atrás.2- Mais de 500 anos de História
Quando os primeiros conquistadores espanhóis chegaram, em 1536, Buenos Aires era um pântano. Possuía alguns riachos que se formavam com a água da chuva e corriam das partes mais altas da cidade até o Rio da Prata, que na época chegava até a altura da Av. Paseo Colón. O riacho que se formava ao sul da cidade, descendo do que hoje em dia é a Estação de Trens de Constituição, era o chamado Zanjón de Granados. Dizem que ganhou este nome porque em sua beira vivia a família Granados, suas filhas vendiam um doce de marmelo maravilhoso, tão gostoso que batizou o arroio. Com o passar do tempo, os habitantes da cidade, carecendo de consciência sobre fatores de higiene básica, utilizavam o riacho como um lixão a céu aberto. Até animais mortos eram jogados no lugar esperando que a água da chuva levasse os restos até o rio, só que muitas vezes demorava pra chover e o cheiro forte e contaminação do solo eram inevitáveis. Por esta razão, no século 19, os riachos começaram a ser entubados.Passeio pelos túneis escondidos sob a cidade de Buenos Aires / Foto: Solange Maria de Souza
3- O passado afrodescendente de Buenos Aires
A família Miguens foi quem mandou construir o casarão no ano 1830. A casa possui o famoso estilo pompeiano, um estilo que as famílias aristocráticas queriam imitar após o descobrimento, no século 18, das ruínas das cidades romanas de Pompeia e Herculano. As casas pompeianas se caracterizam por possuir 3 pátios, um com âmbito público para receber as visitas, um segundo utilizado somente pela família e um terceiro onde ficava a horta, onde dormiam os cavalos e onde o pessoal que trabalhava na casa podia ter um pouco de sossego. Foi descoberto através de documentos que a família Miguens “possuía” 6 pessoas escravizadas de origem africano. Até foram encontrados cachimbos oriundos da África. Uma curiosidade é que por mais que hoje em dia seja difícil encontrar um argentino afrodescendente (digo de forma aparente), as palavras “tango” e “milonga” são de origem africano. Na visita se contam várias curiosidades sobre a escravidão no Rio da Prata.4- A história do Cortiço
No ano 1871 a cidade de Buenos Aires sofreu um dos momentos mais horríveis da sua história. Um terço da sua população faleceu por causa da Epidemia de Febre Amarela, fazendo com que as famílias ricas que moravam no sul da cidade se mudassem de imediato para o norte, o que hoje em dia são os bairros da Recoleta e Retiro, onde construíram seus palácios franceses. Nessa época a Argentina era um dos países mais ricos do planeta, chamada “A fazenda do mundo”, e isso se notava pela sua arquitetura, uma riqueza que até hoje o país possui e deixa seus visitantes impactados. O casarão ficou alguns anos abandonado até que se transformou em um cortiço para receber alguns dos milhares de imigrantes de diferentes países do mundo que chegavam no Porto de Buenos Aires, procurando melhores condições de vida. Nessa casa onde moravam aproximadamente 15 pessoas na época dos Miguens, terminou sendo a morada de 100 imigrantes de diversas partes do mundo, que dividiam dois banheiros e uma cozinha...já imaginou? O local funcionou como um cortiço até os anos 70, quando foi clausulado por perigo de desmoronamento.Admire uma parte de Buenos Aires com a história contada de uma maneira diferente / Foto: Solange Maria de Souza
5- A paixão de Don Jorge
Ufa, bastante história, né? Mas na visita com duração de 1 hora se aprende ainda mais e do melhor jeito possível, através da experiência. Por este motivo que é uma visita amigável com todas as idades, as crianças acompanham o relato com os olhinhos brilhando e para a melhor idade e pessoas com mobilidade reduzida, o espaço oferece elevadores. Venha para Buenos Aires com Daytours4u e faça um programa diferente, que vai enriquecer seu espírito e intelecto. Poder andar pelos túneis como nos filmes, conhecendo mais sobre a arqueologia urbana, esta disciplina ainda pouco explorada, conhecendo Buenos Aires desde suas entranhas é uma dessas experiências que ficam gravadas na nossa alma. Outra coisa legal é que esse Museu privado, reconhecido pela Unesco, oferece valores justos, de acordo ao país da onde o visitante é oriundo. A manutenção deste espaço cheio de memória não é nada fácil, mas recebe a dedicação e esforços incansáveis do Don Jorge, quem no auge dos seus 80 anos ainda recebe alguns visitantes e faz visitas guiadas que transbordam paixão, entusiasmo e amor por cada um desses tijolos que com alma de artista ele resgatou. Gracias por tanto, Don Jorge! Dica de viagem: Outro local icônico de Buenos Aires que pertence ao museu é a Casa Mínima, a casa mais estreita de Buenos Aires. Também conhecida como “A casa do escravo liberto”, é um local cheio de lendas que também pode ser percorrido com uma visita guiada. Se você adquirir as duas visitas, ganhará um desconto especial. Venham conhecê-los pessoalmente!Por: Marina Bohn, Guia de Daytours4u e do Zanjón de Granados. Já guiou a Casa Rosada e o Palácio Barolo. Brasileira que sofre de paixonite aguda por Buenos Aires.
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